"Há certas frases que brilham pelo opaco".
Manoel de Barros
Conversávamos, na aula, enquanto líamos "O livro das ignorãnças", eu e Any. Ela folheava minha agenda - aquela cheia de pensamentos loucos. Pedi a ela que escrevesse nela. Ela escreveu:
"Um dia é composto de uma infinidade cada vez mais finita de segundos.
O FIM parece cada vez mais próximo.
E há felicidade, mesmo que não seja pra sempre.
[IN]FINDÁVEL
[IN]FINITO."
Respondi:
"Uma agonia em poesia
Um alívio que dura pouco
- pois só foi expresso, e não resolvido.
O jeito é viver a inquietude com calma;
e gritar de vez em quando no ouvido do relógio".
E voltamos a dar atenção à aula. Geografia, acho.
[IN]FINITO."
Respondi:
"Uma agonia em poesia
Um alívio que dura pouco
- pois só foi expresso, e não resolvido.
O jeito é viver a inquietude com calma;
e gritar de vez em quando no ouvido do relógio".
E voltamos a dar atenção à aula. Geografia, acho.
2 comentários:
"gritar no ouvido do relógio"
adorei... pra sempre :)
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