segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Feliz Natal


É, eu tenho enrolado um bocado com esse blog... E é mais cômodo ser só leitora... =B Ando inclusive caçando por aí alguns blogs que criem suspiros no meu íntimo. Desse que falam das coisas banais pintando-as com cores que só as aves vêm. Aí, leio Rita Loureiro, Flávia Brito, e outros poucos sem assinatura. Converso um pouco com Matheus Palma, meu homem preferido, já confesso. A Naomi Conte tá de birra, não escreve mais. E aquela tão assim Indócil não tem mais tempo sequer para si mesma, coitada.
E me revolto com o provável reveion sem graça que terei, e tenho vontade de matar uma amiga que vai viajar de BICICLETA de Belo Horizonte (MG) a Arembepe (BA) só por amor. Apaixonada suicída. Boa sorte, Pri, e por favor, não morra no caminho. E me liga se der - sua idiota.
Quanto à já citada indócil, só posso dizer que morro de saudades. Minto, posso dizer um monte de coisas (essas, ao pé do ouvido, um som molhado) - mas a saudade me agarra forte, me aperta mais que laranja em sina de virar suco. Mas você sabe o quanto é importante pra mim, não é menina? E eu aguardo paciente pelo ano novo prometidamente melhor, enquanto tomo chá pra curar o resfriado e ouço músicas que me lembram você.

Obs.: O verbo só sonoriza aquilo que já sinto há muito. E você sabe o que é. Minha mulher, meu bebê... Beijo

sexta-feira, 7 de novembro de 2008


É, parece que as horas nem se deixam mais contar... Fundem-se umas às outras, num perturbante atraso, que mantém nossa felicidade configurada em saudade.

E se o tempo já se freia, eu o paro para pensar em ti. E nesse espaço paralelo, onde te encontro em sonhos, o tempo passa normalmente - mas é só nosso. E nele, somos donas das horas do universo, e nossa felicidade é vibrante sob o contato das nossas peles.

E se paro tudo só para te olhar sorrir, é porque só ele - teu sorriso, e só o teu - é capaz de me aquecer por dentro. Meu coração bate no ritmo do teu pestanejar. E eu finalmente me faço respirar, pois meu pulmão só se enche se no ar houver um pouco de ti.


Saudade, saudade.
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sábado, 6 de setembro de 2008


Meu universo é infinito demais sem você.
Vem e preenche-me!
.
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sexta-feira, 5 de setembro de 2008


Minha boca
pesquisadora andarilha
quer percorrer seu corpo
acampar na sua pele
conhecer sua geografia.
Permita-me esse intercâmbio:
ensina-me sua língua
- e quem sabe ela não
se apaixona pela minha?
.
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domingo, 6 de julho de 2008

E ela tem medo de escuro


Parece que algo me aperta o peito à noite.
Minha sábia mãezinha disse que é Saudade.
É, tenho que admitir... se ando suspirando pelos cantos
acho que é porque sinto demais a sua falta.
Aí durmo com aquela esperança menina
de que o tempo se comoverá, e te deixará vir compor o meu inverno,
fazendo dupla ao meu sono.


Ê inverno chato.
Saudades infinitas de ti, guria.



quarta-feira, 4 de junho de 2008

Erva-doce

Há momentos serenos e apaziguadores que me doem por sua beleza. Momentos simples e quase perfeitos - mas realmente perfeitos em minha imaginação, que aguarda ansiosa pelo dia em que deixará de ter essa função de me martirizar de saudades. Momentos em que a xícara de chá - tão saboroso - à uma da manhã, na sala vazia e silenciosa, me dói por sua incompletude. Me dói por seu apenas Uma, e não Duas. Duas xícaras. Duas pessoas, apenas, naquele sofá, tomando chá juntas, sem mais nada ansiar. Uma satisfação plena, de quem sabe que a felicidade se infinita naquele espacinho de tempo em que a sala de estar é nossa, e tem cheiro de erva-doce.

À uma da manhã, tomo uma xícara de chá, respirando devagar em companhia da minha própria paciência. Tenho saudade dos momentos não concretizados.

sábado, 17 de maio de 2008


...porque as palavras não me bastam, mesmo as mais belas ou extensas...
não sei usá-las
não são suficientes pra dizerem o que nunca estará dito completamente,
porque é infinito
é eterno
é assim, sem dimensões.

Só sei que rompe o peito, indiferentes às limitações da física
e colore tudo, musica tudo, esquenta tudo.
É assim, averbalizável, irracional.
Porque não tem razão - apenas é.

E continua sem título, sem endereço, sem pudores
pulsando forte, aqui.



Mas quando pronuncio seu nome,
sinto que resumi tudo o que eu poderia dizer...
Seu nome, e a palavra que sinto no peito
começam com a mesma letra.

Você é minha bela,
querida rara flor.
=}

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Bilhetes Letivos



"Há certas frases que brilham pelo opaco".
Manoel de Barros

Conversávamos, na aula, enquanto líamos "O livro das ignorãnças", eu e Any. Ela folheava minha agenda - aquela cheia de pensamentos loucos. Pedi a ela que escrevesse nela. Ela escreveu:

"Um dia é composto de uma infinidade cada vez mais finita de segundos.
O FIM parece cada vez mais próximo.
E há felicidade, mesmo que não seja pra sempre.
[IN]FINDÁVEL
[IN]FINITO."



Respondi:

"Uma agonia em poesia
Um alívio que dura pouco
- pois só foi expresso, e não resolvido.
O jeito é viver a inquietude com calma;
e gritar de vez em quando no ouvido do relógio".



E voltamos a dar atenção à aula. Geografia, acho.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Meu Lábaro Lascivo


Loucuras latentes
levam-me a largar a
libido lúgubre dos
lúcidos.
Lambe de leve minha lágrima
Leva lirismo ao meu Limbo
e deixa a rigidez das regras,
que só querem limitar
nosso infinito.
.